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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Obama fica bravo com críticas de general no Afeganistão

Chefe das tropas americanas criticou o presidente em entrevista à Rolling Stone

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está irritado com as críticas feitas pelo comandante das forças internacionais no Afeganistão. Numa entrevista à revista Rolling Stone, o general Stanley McChrystal ironizou o presidente.

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, descreveu em entrevista coletiva a reação de Obama quando leu a entrevista explosiva publicada pela revista Rolling Stone na segunda-feira.

- Ele está bravo.

Em suas declarações, McChrystal fez duras críticas a Obama, assim como ao vice-presidente Joe Biden e outros oficiais da Casa Branca.

O governo americano ordenou que ele fosse a Washington para dar explicações sobre o tema.

O secretário da Defesa, Robert Gates, disse nesta terça-feira que o general McChrystal, cometeu um "grande erro" e um "erro de julgamento" em suas declarações à revista americana.

Gates pediu unidade entre militares e líderes civis e disse ter chamado McChrystal a Washington para se explicar, mas não informou se pretende demitir o comandante.

Os senadores republicanos John McCain e Lindsey Grajam, além do independente Joe Liberman, divulgaram nota conjunta em que criticam a postura do general.

General pede desculpas por artigo

Em nota à imprensa, McChrystal pediu desculpas nesta terça-feira pelo artigo, no qual ele e seus auxiliares fazem críticas ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a altos funcionários do governo americano.

- Eu tenho um enorme respeito e admiração pelo presidente Obama e sua equipe de segurança nacional, assim como pelos líderes civis e as tropas que lutam nesta guerra [afegã]. Sigo comprometido em garantir um resultado bem-sucedido.

No polêmico texto, o general e seus auxiliares criticam, às vezes de forma debochada, Obama e sua equipe, entre eles o vice-presidente Joe Biden.

- Eu ofereço minhas mais sinceras desculpas por este perfil.

Na passagem do artigo em que o general se refere ao presidente americano, ele recorda os atritos entre o exército e a Casa Branca no ano passado, quando Obama analisava o envio de reforços pedidos pelo próprio McChrystal. Ele afirma que foi um momento penoso.

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