O ar seco e a poluição de São Paulo chegaram a níveis recordes e preocupantes nesta semana. Na sexta-feira (27), a umidade ficou no limite do estado de emergência, com 12% - o menor índice do ano. Em razão dessa situação, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) afirmou que a prefeitura pode endurecer as restrições aos veículos.
Na sexta-feira, Kassab disse que a prefeitura está preparada para "adotar medidas que, às vezes, não são agradáveis, mas necessárias para preservar a saúde das pessoas". Afirmou que há um plano de emergência para essas situações, elaborado em 2009, mas não deu detalhes.
O Plano de Contingência para Situações de Baixa Umidade, elaborado na verdade em 2008, é vago. Nele, a prefeitura fala em restrição de atividades físicas, aulas, mas não cita ações relativas ao trânsito.
Kassab citou entre as medidas "a recomendação e até a determinação para que as pessoas mudem a sua carga horária". Questionado sobre mudanças no rodízio, o prefeito disse apenas que "as restrições não têm limite". Anteontem, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) havia emitido um aviso pedindo à população para evitar o uso de carros.A umidade ficou abaixo de 30% por nove dias seguidos em São Paulo, o que configura estado de atenção. O adequado para a saúde é 60%. À noite, o índice subiu. A Defesa Civil mediu índices entre 40% e 65% em suas nove estações na cidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Dia mais seco
A umidade relativa do ar em São Paulo chegou a 12%, às 15h de sexta-feira (27), no mirante de Santana, na zona norte da capital, de acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências). Com isso, a cidade atingiu o nível mais baixo de umidade do ano. Às 17h, o índice permanecia o mesmo. O menor registro havia sido registrado na quarta-feira (25), com 13%.
Este foi também o segundo dia mais seco registrado no Mirante de Santana desde 1961, quando a medição começou. Em 14 de agosto de 2009, o medidor registrou 10%.
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