África do Sul e Uruguai entraram em campo com o peso de ter empatado na estreia e de precisar da vitória para pensar na classificação para as oitavas de final. Os Bafana Bafana apresentaram um futebol abaixo do esperado, já o Uruguai melhorou em relação à partida contra a França e saiu de campo vencedor, algo que não acontecia desde 1990. Celeste 3 a 0.
Primeiro tempo dividido em dois
A partida começou com panoramas diferentes para as duas equipes. Enquanto os Bafana Bafana mostravam o mesmo futebol da estreia, acuado no campo de defesa, o Uruguai, diferentemente da primeiro jogo, foi para cima e impôs seu ritmo fazendo uma forte marcação no campo de ataque e impedindo qualquer tentativa ofensiva.
Porém, os sul-africanos, até então preocupados, começaram a soprar suas vuvuzelas depois dos 13 minutos, na primeira vez que os comandados de Parreira chegaram ao ataque, quando Tshabalala arriscou de longe. A bola não levou perigo ao goleiro Muslera, mas serviu para acordar a seleção do país anfitrião, que parece ter encontrado o caminho para furar a marcação sul-americana e começou a chegar ao ataque e a criar oportunidades.
Aos 13 minutos, novamente Tshabalala tentou abrir o placar, quando dominou na frente da área e tentou encobrir o goleiro uruguaio. Depois da pressão sul-africana, foi a vez de a Celeste chegar ao ataque. Aos 22 minutos, Suárez invadiu a área pela direita e chutou fortemente para a defesa de Khune. Era um aviso do que estava por vir.
Dois minutos, Forlán, que jogou mais recuado em relação à partida contra a França, avançou pelo meio e arriscou uma finalização de longe. A bola desviou nas costas de Mokoena e acabou por encobrir o goleiro sul-africano. O placar estava aberto.
A África do Sul sentiu o gol e não conseguiu mostrar o futebol que vinha apresentando até então no jogo. O Uruguai aproveitou e começou a voltar a tomar conta do confronto. Aos 32, Suárez, mais uma vez, invadiu a área pela direita e chutou. A bola chegou a balançar a rede, mas pelo lado de fora.
O duelo ficou concentrado no meio de campo, com as duas equipes presas entre as intermediárias. Os Bafana Bafana só voltaram a fazer alguma coisa perto dos 45 minutos, quando Mphela aproveitou cruzamento da direita, tomou a frente da zaga e cabeceou com perigo, mas mandou para fora.
A etapa inicial terminou com a vantagem simples para a Celeste.
Celeste amplia na etapa final
As equipes voltaram do vestiário com a mesma atitude do início do jogo. A África do Sul recuada, assitia e fazia de tudo para impedir os ataques uruguaios. Logo aos dois minutos, um susto para a torcida da casa. Suárez entrou na área pela esquerda e cruzou para Cavani, que não conseguiu finalizar bem e desperdiçou a chance de ampliar.
Pouco tem depois, novamente Suárez, desta vez pela direita, foi derrubado na área, mas o árbitro não marcou o pênalti. A Celeste permaneceu com o domínio da partida. Aos 16 minutos, Maxi Pereira avançou pelo meio e chutou perigosamente.
Somente aos 20 minutos os Bafana Bafana conseguiram chegar ao ataque, quando Mphela aproveitou cruzamento da direita e cabeceou para a defesa do camisa 1 uruguaio. Não demorou para o Uruguai voltar à frente. Dois minutos depois Forlán cruzou da esquerda e, de novo Cavani, sozinho na área, não acertou o chute.
Quando o cronômetro marcava 30 minutos, mais um gol da Celeste. Após chute de Forlán, a defesa sul-africana cochilou e a bola sobrou para Suárez na área. O atacante uruguaio dominou, driblou Khune e foi derrubado: pênalti marcado. Para piorar ainda mais a situação da seleção do país anfitrião, o árbitro mostrou cartão vermelho para o goleiro. Parreira se viu obrigado então a substituis Pienaar pelo goleiro reserva Josephs. Forlán cobrou bem e ampliou a vantagem.
Após o gol, apática, a África do Sul passou a assistir ao jogo e não mostrava poder de reação algum. Os comandados de Oscar Tabárez tocavam a bola e administravam o resultado positivo, mas ainda acharam tempo para fazer o terceiro. Nos acréscimos, Suárez recebeu na direita e cruzou para dentro da área. Josephs saiu mal do gol e Alvaro Pereira, sem dificuldade, apenas completou de cabeça para o fundo da rede.
Era feriado no país, mas o dia terminou triste para os sul-africanos, que, agora, veem a classificação para as oitavas de final distante. O Uruguai, por sua vez, parecer ter encontrado o esquema ideal e já tem grande possibilidade de avançar no Mundial.
FICHA TÉCNICA
ÁFRICA DO SUL 0 X 3 URUGUAI
Estádio: Estádio Loftus Versfeld, em Pretória (África do Sul)
Data/hora: 16/6/2010 - 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Massimo Busacca (Suíça)
Auxiliares: Matthias Arnet e Francesco Buragnia
Cartões amarelos: Pienaar, Dikgacoi(AFS); Fulano, Fulano (RIO)
Cartões vermelhos: Itumeleng Khune, 30'/2ºT (AFS);
GOLS: Forlán, 24'/1ºT (0-1); Forlán, 30'/2ºT (0-2); Alvaro Pereira, 49/2ºT (0-3)
ÁFRICA DO SUL: Itumeleng Khune, Siboniso Gaxa, Aaron Mokoena, Katiego Mphela e Siphiwe Tshabalala; Steven Pienaar (Josephs - 31/2ºT), Teko Modise, Reneilwe Letsholonyane (Moriri - 11/2ºT) e Kagisho Dikgacoi; Lucas Thwala e Bongani Khumalo
Técnico: Carlos Alberto Parreira
URUGUAI: Fernando Muslera, Maximiliano Pereira, Diego Lugano, Diego Godín e Jorge Fucile (Fernández - 25/2ºT); Diego Pérez (Gargani - 45/2ºT), Arévalo Ríos, Álvaro Pereira e Diego Forlán; Luis Suárez e Edinson Cavani (Fernandéz - 44/2ºT)
Técnico: Oscar Tabárez
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